ATA DA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 24.4.1992.
Aos vinte e
quatro dias do mês de abril do ano de mil novecentos e noventa e dois
reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de
Porto Alegre, em sua Quadragésima Terceira Sessão Ordinária da Quarta Sessão
Legislativa da Décima Legislatura. Às nove horas e quarenta e cinco minutos
foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Airto Ferronato,
Clóvis Brum, Clóvis Ilgenfritz, Cyro Martini, Décio Schauren, Dilamar Machado,
Edi Morelli, Elói Guimarães, Ervino Besson, Gert Schinke, Giovani Gregol, Isaac
Ainhorn, Jaques Machado, João Dib, João Motta, João Verle, José Alvarenga, José
Valdir, Lauro Hagemann, Leão de Medeiros Letícia Arruda, Luiz Braz, Luiz
Machado, Mano José, Nereu D’Ávila, Omar Ferri, Vicente Dutra, Vieira da Cunha,
Wilson Santos, Wilton Araújo, Mário Fraga e Adroaldo Correa. Constatada a
existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e
solicitou ao Vereador Elói Guimarães que procedesse à leitura de trecho da
Bíblia. Após, foi aprovada a Ata da Quadragésima Segunda Sessão Ordinária. À
MESA foram encaminhados: pelo Vereador Artur Zanella, 01 Pedido de Informações;
pelo Vereador Leão de Medeiros, 03 Pedidos de Providências; pela Vereadora
Letícia Arruda, 01 Indicação, 07 Pedidos de Providências e 01 Projeto de Lei do
Legislativo nº 66/92 (Processo nº 929/92);
pelo Vereador Wilton Araújo, 03 Indicações e 02 Pedidos de Providências. Do
EXPEDIENTE constaram os Ofícios nº 282 e 303/92, do Gabinete do Governador. A
seguir, foi aprovado Requerimentos verbais dos Vereadores João Motta, Vicente
Dutra e Clóvis Brum, solicitando a inversão na ordem dos trabalhos da presente
Sessão. Após, foi aprovado Requerimento do Vereador Antonio Hohlfeldt,
solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares no dia de hoje. Em
continuidade, o Senhor Presidente declarou empossado na Vereança o Suplente
Adroaldo Correa e, informando que Sua Excelência já prestou compromisso
regimental nesta Legislatura, ficando dispensado de fazê-lo comunicou-lhe que
passaria a integrar a Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação. A
seguir, o Senhor Presidente respondeu Questão de Ordem do Vereador Adroaldo
Correa, acerca da votação da matéria constante na Ordem do Dia. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, o Vereador João Dib alertou para a falta de atenção da Administração
Municipal com uma figueira plantada por Sua Excelência, quando Prefeito desta
Cidade, dizendo que as raízes da referida árvore encontram-se prejudicadas face
o asfalto colocado sobre as mesmas. Teceu comentários acerca da defasagem dos
salários dos municipários. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram, em 1ª
Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 46, 20 e 55/92; o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 07/92; e
os Substitutivos nº 1, apostos aos Projetos de Lei do Legislativo nos 179/90 e 126/91; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 05/92; os Projetos de Lei do Legislativo nos 34, 47, 28, 41, 45 e 50/92; e os Projetos de Resolução nos 14, 15 e 16/92; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Executivo nos 16 e 17/92; o Projeto de Lei do Legislativo nº 210/91; o Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 04/92;
e o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 06/92. Em continuidade,
verificada a existência de “quorum”, foi iniciada ORDEM DO DIA. Em Discussão
Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos 269, 244, 263, 268/91, 23, 25, 30, 31, 36 e 33/92, este discutido pelos
Vereadores José Valdir, Elói Guimarães, Décio Schauren, Cyro Martini, João Dib,
Clóvis Brum, Giovani Gregol e Luiz Machado. Em Discussão Geral e Votação foram
aprovados os Projetos de Lei do Executivo nos 67, 72/91 e 02/92. Em Discussão Geral e Votação foram aprovados o
Substitutivo e as Emendas apostos ao Projeto de Lei do Legislativo nº 126/91,
após ter sido encaminhado à votação pelos Vereadores Lauro Hagemann, Edi
Morelli, Nereu D’Ávila, Gert Schinke, Clóvis Brum e João Motta. Na ocasião, o
Senhor Presidente comunicou a falecimento do Senhor Marino dos Santos,
ex-Vereador desta Casa, bem como apregoou o Substitutivo e as Emendas nos 01 e 02, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 126/91, todos de autoria do Vereador Nereu D'Ávila. Ainda, foram
aprovados Requerimentos solicitando dispensa de distribuição em avulsos e
interstício para as Redações Finais dos projetos em questão, considerando-as
aprovadas nesta data: do Vereador João Motta, com relação aos Projetos de Lei
do Executivo nos 67 e 72/91 e 02/92 e Projetos de Lei do
Legislativo nos 25 e 36/92; do Vereador João Dib, com
relação aos Projetos de Lei do Legislativo nº 267/91, 23, 30 e 31/92; do Vereador Nereu D’Ávila, com relação aos
Projetos de Lei do Legislativo nos 126, 244, 263, 268, 269/91 e 33/92, e,
também, do Vereador Cyro Martini, solicitando a retirada da Ordem do Dia, nos
termos do Artigo 81 da Lei Orgânica Municipal, do Projeto de Lei do Legislativo
nº 55/91. Em Votação, esteve o Parecer da Comissão de Justiça e Redação
propondo, ouvido o douto Plenário, decida este Legislativo determinar ao Senhor
Prefeito Municipal a revogação do Decreto nº 10171 (Processo nº 561/92) , após
ter sido encaminhado à votação pelo Vereador Vicente Dutra. Na ocasião, o
Senhor Presidente registrou as presenças, no Plenário, das Senhoras Lícia Peres
e Clênia Maranhão, do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher e dos Senhores
Leandro Telles, Historiador, e Ábio Hervé, ex-Vereador desta Casa. Às onze
horas e cinqüenta e um minutos, tendo em vista a inexistência de “quorum”, o
Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores
Vereadores para a Sessão Ordinária da segunda-feira, hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pelos Vereadores Dilamar Machado, Leão de Medeiros e
Omar Ferri e secretariados pelos Vereadores Leão de Medeiros, Wilson Santos e
Airto Ferronato, este como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Leão de Medeiros, 1º
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada,
será assinada pelo Senhor Presidente e por mim.
O SR. PRESIDENTE (Dilamar Machado): Solicito ao 1º Secretário uma nova chamada nominal de verificação de “quorum.”
O SR. OMAR FERRI (Questão de Ordem): Sr. Presidente, o 1º Secretário leu um Pedido de Providências subscrito por este Vereador, cuja ementa diz o seguinte: que o Executivo determine, de imediato, estudos para solucionar a situação do buraco existente na rua tal. Isso não existe, o Executivo não vai estudar, tem que tapar o buraco. Eu peço que V. Exª retire, que eu vou reapresentar esse Pedido de Providências.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa defere o pedido de Vossa Excelência. Fica retirado o Pedido de Providências para uma nova reapresentação.
O SR. JOÃO MOTTA (Requerimento): Para um Requerimento, Sr. Presidente, de alteração da ordem dos trabalhos. Para que seja, em primeiro lugar, a Pauta; segundo lugar, se votaria os Projetos referentes a nomes de rua ou declaração de utilidade pública e, depois, se votaria primeiro o do Brique e aí o primeiro Projeto de incentivo à cultura entraria em lugar do Projeto de Lei referente ao Brique.
O SR. PRESIDENTE: Peço a V. Exª que nos indique o número da folha que inicia os Projetos.
O SR. JOÃO MOTTA: Projetos da folha 06 à folha 18; depois, Projeto de Lei do Ver. Nereu D’Ávila, da folha 21, e, depois, a ordem normal.
O SR. VICENTE DUTRA (Requerimento): Solicito que, logo após o exame do Projeto do Brique, seja examinado, à folha 05, o Parecer da Comissão de Justiça.
O SR. PRESIDENTE: Ver. João Motta, nada a opor quanto ao adendo do Ver. Vicente Dutra? (Assentimento do Ver. João Motta.)
O SR. VIEIRA DA CUNHA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, apenas uma dúvida. Vejo que há pedido de preferência de votação para o Projeto de Lei do Ver. Nereu D’Ávila, que trata sobre o Brique da Redenção, mas, ao mesmo tempo, vejo, pela folha elaborada pela Diretoria Legislativa, a folha de Pauta, que há um Substitutivo a esse Projeto de autoria do Ver. Nereu, também autor do Projeto, e que está em 1ª Sessão de Pauta. Então, solicito a informação de V. Exª se estaria em condições, este Projeto, de ser votado.
O SR. PRESIDENTE: Estará no momento em que for aprovado o Requerimento do Ver. João Motta. Corremos a Pauta para depois ingressarmos na Ordem do Dia.
O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente, a folha 03 tem um Projeto que deveria ser incluído nos das folhas 06 a 18.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Clóvis Brum levanta uma questão correta: na folha 03 há um Projeto que se enquadra entre aqueles requeridos pelo Ver. Motta, de folhas 06 a 18. A Mesa agradece o auxílio de Vossa Excelência.
Face à existência de “quorum”, a Mesa coloca em votação o Requerimento do nobre Ver. João Motta, com adendo do Ver. Vicente Dutra, Vieira da Cunha e Clóvis Brum. O Requerimento é no sentido de iniciarmos pela Pauta, posteriormente os Processos.
Em votação o Requerimento dos Vereadores.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados (Pausa.) APROVADO.
A Mesa coloca em votação Requerimento do Ver. Antonio Hohlfeldt, que requer Licença nesta data para tratar de assuntos particulares.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Declaro empossado na Vereança o Suplente Adroaldo Corrêa e informo que Sua Excelência já prestou compromisso regimental nesta Legislatura, ficando dispensado de fazê-lo. Comunico que passará a integrar a Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação.
Liderança com o PDS. Ver. João Dib, V. Exª tem cinco minutos.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quando, no dia 20 de novembro de 1985, o Ver. Vicente Dutra, Rafael dos Santos e eu plantávamos essa figueira esquálida, pequena, frágil, nós não pensávamos que, exatamente seis anos depois, ela se transformaria nessa bela figueira, com cerca de seis metros de altura, muito bem copada, sombra que dava satisfação para muita gente. E a Administração da Prefeitura, alertada neste Plenário que havia uma figueira, árvore imune ao corte, não fez nada para protegê-la, muito pelo contrário, dizendo saber que era imune ao corte e que deveria protegê-la por lei, asfaltou as raízes da figueira.
Hoje, é triste a visão da figueira, que era belíssima - e aqui está a foto, no dia em que ela fez seis anos -, hoje a figueira está completamente desfolhada, talvez porque não se possa acreditar no futuro com a Administração da Prefeitura atual, e esta figueira foi plantada - e a placa dizia: “Porque acreditamos no futuro, estamos plantando uma figueira” - num recanto verde que deveria ser cuidado, mas não foi, mas foram aqui avisados e, hoje, vemos uma bela figueira e estamos até rezando para que ela consiga sobreviver. Claro que, depois que as folhas caíram, os eminentes técnicos da SMAM - os mesmos que multaram um cidadão, Sérgio Costa Franco, porque podou alguns galhos de um ipê roxo que estavam criando problemas na rede elétrica, e a SMAM não entendeu -, esses mesmos foram lá e retiraram um pouquinho do asfalto, não todo. Eu avisava que a árvore estava oprimida e que precisava dos cuidados da SMAM, o que não aconteceu.
Só resta esperar que a árvore, que durante seis anos se desenvolveu normalmente, por esta Administração não seja aniquilada, porque esta Administração com muitas outras coisas boas da Cidade também terminou, como também fez com que o salário do municipário, que valia cem no dia 30 de junho e no dia 30 de novembro só valia setenta, enquanto a Prefeitura arrecadava mais, arrancando do porto-alegrense tudo que podia, e tentando arrecadar mais ainda, e dizendo nas rádios e televisões desta Cidade que a tarifa de transporte está em seiscentos cruzeiros porque a Câmara Municipal, por duas vezes, rejeitou a taxa de transporte. Deslavada mentira, deslavada mentira, a taxa de transporte veio a esta Casa, no seu Projeto, dizendo que se constituía um Conselho, Conselho que deveria administrar as verbas arrancadas da população para fazer as obras determinadas pela Secretaria Municipal de Transportes, nada mais do que isso, e até na Exposição de Motivos o Prefeito dizia: “a tarifa é paga pelo usuário”. Portanto, deslavada mentira. Eu acho que, na vida pública, mentir é das piores coisas que se faz, porque mentir e burrice se casam perfeitamente na vida pública, só os inteligentes falam a verdade, os burros não. E, lá, aquela Administração ao dizer isto dá um atestado de burrice. Mas, a figueira, queira Deus, é muito mais forte do que esta Administração que está aí de passagem e que, para gáudio dos porto-alegrenses, a partir de 1º de janeiro de 1993 não mais estará aí incomodando a todos nós. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Registramos a presença, no Plenário, da companheira Lícia Peres, Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, com muita honra e desejando que se sinta em Casa.
Passa-se à
1ª SESSÃO
PROC. Nº 0693/92 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 007/92, de autoria do Ver. Mano José, que altera o inciso I do parágrafo 1º, do artigo 93 da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985. (Enfermidades sob assistência do Município.)
PROC. Nº 0757/92 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 046/92, de autoria do Ver. José Alvarenga, que determina a colocação de porta-objetos nos coletivos urbanos do sistema municipal de transportes.
PROC. Nº 1594/91 – SUBSTITUTIVO Nº 01 ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 126/91, ambos do Ver. Nereu D’Ávila, que dispõe sobre a oficialização do Brique da Redenção, Artenapraça e Feira de Artesanato no Município de Porto Alegre e dá outras providências. (Com art. 81)
PROC. Nº 0482/92 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 020/92, de autoria do Ver. Clóvis Brum, que autoriza o Poder Executivo a implantar, em Porto Alegre, o Cemitério Público para pessoas de baixa renda, falecidas neste Município, e dá outras providências.
PROC. Nº 0828/92 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 055/92, de autoria do Ver. José Alvarenga, que institui a Semana Correntino Rio-Grandense de Integração Cultural e Intercâmbio Artístico no Âmbito do Município de Porto Alegre e dá outras providências.
PROC. Nº 2685/90 – SUBSTITUTIVO ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 179/90, de autoria do Ver. João Motta, que denomina Largo Cultural Cazuza um logradouro público.
2ª SESSÃO
PROC. Nº 0600/92 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 005/92, de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt, que acrescenta parágrafos do art. 1º da Lei Complementar nº 196, de 09.02.89, e alterações posteriores. (Imposto municipal sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos.)
PROC. Nº 0695/92 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 034/92, de autoria do Ver. Luiz Braz, que institui o controle na venda de fogos de artifício e cadastramento dos que o comercializam, no Município de Porto Alegre.
PROC. Nº 0724/92 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 014/92, de autoria do Ver. Nereu D’Ávila, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Dyrson Cattani.
PROC. Nº 0758/92 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 047/92, de autoria do Ver. João Dib, que denomina Rua Luiz Miranda um logradouro público localizado no Bairro Sarandi.
PROC. Nº 0622/92 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 028/92, do Ver. Vicente Dutra, que denomina Praça Zamprogna, um logradouro público situado no Bairro Humaitá.
PROC. Nº 0725/92 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 041/92, do Ver. Nereu D’Ávila, que altera as Leis nos 6.431/89 e 6.998/92. (Passagem escolar.)
PROC. Nº 0756/92 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 045/92, do Ver. Cyro Martini, que altera o art. 8º da Lei 5.548/84, com a redação dada pela Lei 6.998/92.
PROC. Nº 0770/92 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 015/92, do Ver. Antonio Hohlfeldt, que concede o Prêmio de Cinema Eduardo Abelin ao diretor e realizador gaúcho Jorge Furtado.
PROC. Nº 0788/92 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 050/92, do Ver. Dilamar Machado, que concede o título honorífico de Cidadã de Porto Alegre à Cantora Lourdes Rodrigues.
PROC. Nº 0791/92 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 016/92, do Ver. Isaac Ainhorn, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Dr. Izaak Bas.
3ª SESSÃO
PROC. Nº 2442/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 210/91, do Ver. Luiz Machado, que denomina e delimita o “Bairro Lajeado” no Município de Porto Alegre.
PROC. Nº 0511/92 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DE LEGISLATIVO Nº 004/92, do Ver. Airto Ferronato, que altera a redação
da Lei Complementar 007/73 e suas alterações posteriores, relativamente ao
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU e à Taxa de
Coleta de Lixo e dá outras providências.
PROC. Nº 0714/92 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 006/92, que altera dispositivos da Lei Complementar
nº 269, de 22.01.92, que institui o Banco de Terras do Município de Porto
Alegre e dá outras providências.
PROC. Nº 0727/92 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 016/92, que autoriza o Poder Executivo a permutar imóveis do patrimônio público
por outro, de propriedade de François Wertheimer.
PROC. Nº 0745/92 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 017/92, que autoriza alienação parcial de imóvel dominial do Município a Geni
Ivone Milhoranza, na forma de parágrafo único do art. 12 da LOM.
O SR. PRESIDENTE: Não há oradores inscritos na Pauta.
Há “quorum”. Passamos à
ORDEM
DO DIA
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO - URGÊNCIA
PROC. Nº 3107/91 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 269/91, do Ver.
Nereu D’Ávila, que denomina Rua Leonel Vargas a atual Rua “2902” do Loteamento
Residencial M.B.M.
Parecer Conjunto:
– da CJR e CUTHAB. Relator-Geral, Ver. Artur Zanella: pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 269/91 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. Nereu D’Ávila, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLL nº 269/91,
considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 2812/91 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 244/91, do Ver. Jaques Machado, que denomina Praça Dirceu Mosmann um logradouro
público, no Bairro Farrapos.
Pareceres:
-
da CJR. Relator,
Ver. Elói Guimarães: pela aprovação;
-
da CUTHAB. Relator,
Ver. Mario Fraga: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 244/91 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. Nereu D’Ávila, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLL nº 244/91,
considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 3070/91 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 263/91, do Ver. Cyro Martini, que denomina Av. Francisco Petuco um logradouro
público, no Bairro Boa Vista.
Pareceres:
- da CJR. Relator, Ver. Elói Guimarães: pela
aprovação;
-
da CUTHAB. Relator,
Ver. Wilton Araújo: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 263/91 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. Nereu D’Ávila, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLL nº 263/91,
considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 3097/91 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 268/91, do Ver. Vieira da Cunha, que denomina Rua Manoel Miltão Camargo um
logradouro irregular, no Bairro Agronomia.
Pareceres:
- da CJR. Relator, Ver. Elói Guimarães: pela
aprovação;
-
da CUTHAB. Relator,
Ver. Mario Fraga: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 268/91 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. Nereu D’Ávila, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLL nº 268/91,
considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 0517/92 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 023/92, do Ver. Leão de Medeiros, que denomina Rua Regina de Araújo Rocha um
logradouro público localizado no Loteamento Vila Safira.
Pareceres:
- da CJR. Relator, Ver. Elói Guimarães: pela aprovação;
- da CUTHAB. Relator,Ver. Wilton Araújo: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 023/92 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. João Dib, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLL nº 023/92,
considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 0567/92 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 025/92, do Ver. João Motta, que denomina Rua Casca Alpina um logradouro público
localizado no Bairro Cascata.
Pareceres:
- da CJR. Relator, Ver. Elói Guimarães: pela
aprovação;
-
da CUTHAB. Relator,
Ver. Artur Zanella: pela aprovação.
O SR PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 025/92 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. João Motta, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLL nº 025/92,
considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 0636/92 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 030/92, do Ver. João Dib, que denomina Rua Bernardo Golbert um logradouro público
localizado no Loteamento Residencial M.B.M.
Pareceres:
- da CJR. Relator, Ver. Elói Guimarães: pela
aprovação;
- da CUTHAB. Relator, Ver. Wilton Araújo: pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 030/92 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. João Dib, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLL nº 030/92,
considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 0637/92 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 031/92, do Ver. João Dib, que denomina a Rua Júlio Brunelli um logradouro
público, no Bairro Sarandi.
Pareceres:
- da CJR. Relator, Ver. Elói Guimarães: pela
aprovação.
- da CUTHAB. Relator, Ver. Clovis Ilgenfritz: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 031/92 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. João Dib, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLL nº 031/92,
considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 0701/92 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 036/92, do Ver. Antonio Hohlfeldt, que denomina Rua Orígenes Lessa um logradouro
público localizado no Loteamento Vila Safira.
Pareceres:
- da CJR. Relator, Ver. Elói Guimarães: pela
aprovação;
- da CUTHAB. Relator, Ver. Mario Fraga: pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 036/92 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. João Motta, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLL nº 036/92,
considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 0651/92 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 033/92, do Ver. Elói Guimarães, que denomina Rua Heitor Souto um logradouro
público localizado na Vila Santa Rosa, Bairro Rubem Berta.
Pareceres:
- da CJR. Relator, Ver. Elói Guimarães: pela
aprovação;
- da CUTHAB. Relator, Ver. Mario Fraga: pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Para discutir, tem a palavra o Ver. José
Valdir.
O SR. JOSÉ
VALDIR: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, se fôssemos fazer uma tabela dos projetos que se
vota nesta Casa, a maioria deles, ou seja, de 60, 70% são nomes de ruas ou
títulos de Cidadão Emérito. Não tenho nada contra, apenas acho que com esses
Projetos, principalmente de nome de ruas, se comete um desrespeito à população.
Por isso tenho sistematicamente defendido e apoiado Projeto do Ver. Décio
Schauren que tenta colocar nessa legislação de nome de rua alguma coisa de
participação popular. Aqui, no caso da Vila Santa Rosa, nós temos exatamente o exemplo do desrespeito aos moradores. Várias vezes, no ano
passado e este ano, esta Casa tem aprovado nome de ruas para a Vila Santa Rosa,
ignorando que os moradores, em assembléia geral, definiram os nomes que
gostariam de ter para as suas ruas. Inclusive, entre os nomes está o de um
personagem muito conhecido na região, o do ex-Deputado e ex-Vereador desta Casa
João Satte. No entanto, sistematicamente, esta Casa vota projetos desconhecendo
a vontade dos moradores, atropelando a vontade dos moradores, dando nomes que
às vezes até tem relação com a vida daquela comunidade, mas que às vezes não
tem e depois, num determinado dia, quando é colocada uma placa, os moradores
descobrem que mais um nome de rua foi dado à revelia da sua vontade e à revelia
da decisão tomada em assembléia de moradores.
Então, eu, neste caso aqui, não vou votar a favor deste Projeto, porque é um caso comprovado de desrespeito à vontade
dos moradores; os outros, eu não sei, por isso, voto a favor, mas, neste caso,
tenho certeza. E tem mais um exemplo, na Vila Nova Gleba, onde eu moro, a
associação estava convocando para uma assembléia para definir o nome que seria
colocado na Rua N; na semana em que a associação estava definindo em
assembléia, esta Câmara votou um Projeto dando um nome à rua, que nada tem a
ver com aquela Vila, inclusive desmobilizando os moradores que, agora, ficaram
lá, tendo que agüentar um nome que nada tem a ver com a Rua N. Então, esse tipo
de postura legislativa tem que ser modificado, se não for o Projeto do Ver.
Décio Schauren, temos que encontrar outra forma, que não tire, é claro, o poder
de os Vereadores legislarem sobre essa matéria, mas que não permita que se
cometa esse tipo de violência. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com a
palavra, o Ver. Elói Guimarães, para discutir.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, a argumentação desenvolvida pelo Ver. José Valdir,
ela tem procedência, não na espécie objeto da decisão que deveremos tomar. Eu
fui procurado pelos peões, empregados, trabalhadores da CRT, que queriam
prestar uma homenagem a um funcionário, a um trabalhador exemplar. Procurado
por esse segmento, o que fiz, como de resto fazem os Srs. Vereadores?
Encaminhei o pedido à SMOV e esta me remeteu o croqui. Ato contínuo, Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, eu levei ao conhecimento dos moradores da rua o
interesse dos empregados da CRT em homenagear um seu funcionário. Os moradores
da rua, conforme consta no dossiê, Ver. José Valdir, subscreveram à unanimidade
a solicitação feita pelos colegas do Heitor Souto.
Tão logo em mãos todo esse material significativo, significativo na
medida em que representa a iniciativa de um Vereador que carrega, como todos os
Vereadores, a competência para decidir sobre a matéria; significativo também na
medida em que se trata de uma pessoa, um cidadão, um homem de bem que queria e
quer ser homenageado pelos seus amigos, companheiros de trabalho. Significativo
na medida em que na rua onde residem os moradores, cujo nome levará o de Heitor
Souto, subscreveram. Então, o Processo é perfeito. O que nós não vamos
concordar nesta Casa é que se casse o direito que tem o Vereador de tomar
iniciativa, nós não podemos neutralizar a competência que tem o Vereador para
decidir, para propor, desde que se proceda da forma como se procedeu,
rastreando a matéria, a iniciativa pelos setores interessados. Os funcionários
da CRT, peões e empregados da CRT que querem o nome de Heitor Souto, a
localidade, os moradores, todos assinaram.
Mas, eu vou dizer, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, que estou carregando
alguma representatividade da Vila Santa Rosa, sim, pois ganhamos as eleições na
Santa Rosa há um mês atrás, onde tivemos a oportunidade de ganhar as eleições
na Santa Rosa, com a companheira lá, uma militante do movimento social e que
também com a representatividade que ela carrega, ela subscreve isso aqui, além
de todos os moradores da rua. Então, quero dizer que este Projeto que denomina
Heitor Souto rastreou toda legitimidade que se podia fazer. Os colegas, os
trabalhadores do Heitor, querem prestar-lhe uma homenagem; ouvi da rua todos os
moradores da rua, que subscrevem a iniciativa, e a associação, pela sua
representatividade, respalda a iniciativa.
Portanto, é um Projeto que reclama sem maiores indagações a sua
aprovação. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com
a palavra, o Ver. Décio Schauren, para discutir.
O SR. DÉCIO
SCHAUREN: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, parece que estamos discutindo alguma coisa à toa,
discutir nome de rua. Mas não foi por nada que apresentei um Projeto onde pelo
menos aquelas ruas que já são povoadas, onde, através desse Projeto, pretendo
que nessas ruas que já são povoadas, os moradores tenham o direito de escolher
o nome da sua rua ou, pelo menos, sejam consultados sobre o nome que o Vereador
queira dar àquela rua.
E o que aconteceu com o meu Projeto? Já é a terceira vez que este
Projeto, aparentemente tão simples e que versa sobre uma questão basilar da
democracia, não é aprovado nesta Câmara. E mais uma vez, neste ano, quando reapresentei o Projeto, fiz um estudo,
inclusive, sobre toda a legislação sobre denominação de logradouros, um estudo
feito com a Comissão Técnica da Casa. Este Projeto há pouco tempo recebeu
Parecer negativo de um Vereador, um Vereador que tem o seu eleitorado nas
vilas, o Ver. Cyro Martini deu uma parecer negativo a um Projeto tão simples e
que nada mais faz do que respeitar o direito dos moradores de opinar sobre o
nome da sua rua. Tem alguma coisa mais simples, mais basilar na democracia
deste País do que as pessoas poderem optar, poderem escolher o nome da sua rua?
Entendo que não! Agora, eu sei que os moradores da Vila Santa Rosa, numa
assembléia da Associação dos Moradores, escolheram nome para as suas ruas.
Agora, mais uma vez, isto é atropelado. E pergunto ao Ver. Elói onde está o
abaixo-assinado, para ver se eles estão concordando efetivamente. Eu estou com
o Processo aqui. Não está aqui no Processo!
O Sr. José
Valdir: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu acho que o Ver. Elói Guimarães
está equivocado, porque na Santa Rosa nós perdemos a eleição, o PT e o PDT,
porque a chapa que nós participávamos e que a Presidenta era a Glaci, que era
do PDT, apoiou a chapa que tinha pessoas do PDT e do PT e quem ganhou as
eleições foi a Cleni, que foi apoiada pelo Sr. Paulo Pereira, o Paulo da
Portela, que fez uma campanha pela Rádio Sucupira na Vila. Está equivocado,
Vereador, na informação.
E outra coisa, o que não está nos autos não está na vida. Ouço isto
seguidamente dos juristas. Inclusive, ouvi isto do próprio Ver. Elói Guimarães.
E como não está no Processo nenhum abaixo-assinado, ele não existe ou deverá
ser acrescentado.
O SR. DÉCIO
SCHAUREN: Entendo
que o Projeto que apresentei sobre denominação de logradouros públicos, pelo
menos nas ruas que já são povoadas, dar direito aos moradores de opinar sobre
os nomes das ruas, ele serviu para desmascarar muitos Vereadores que se dizem
democratas. E estas coisas simples não são aprovadas aqui porque tem outras
intenções, na verdade, atrás disto. Porque existem Vereadores que querem impor
nome de rua, não se dão ao trabalho de consultar os moradores das ruas,
infelizmente. Já aconteceram vários casos de nomes de ruas que foram impostos
aqui e não pegaram. Se o Projeto que apresentei fosse aprovado,
seria um incentivo para que aquelas 150 ruas A que existem em Porto Alegre, 119
ruas B, não sei quantas ruas 1, 2, 3, criando dificuldades aos Correios. Este
Projeto faria com que os moradores, tendo direito de escolher o nome da sua
rua, o fizessem e acabaríamos com toda esta discussão. Sim, Ver. João Dib,
acabaríamos com esta confusão, porque daríamos aos moradores direito de
escolher o nome da sua rua. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Próximo orador inscrito é o
Ver. Cyro Martini, cinco minutos.
O SR. CYRO
MARTINI: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, não era meu propósito encaminhar, comparecer a
esta tribuna para falar no andamento de um Processo que normalmente não tem
maior discussão, maior debate. Todavia, entendo que é um dever falar, para
deixar clara a minha posição sobre a matéria, no que tange à problemática geral
no que diz respeito a esse problema todo da origem de iniciativa com relação
aos nomes das ruas. Eu parto do princípio que não podemos tentar secundarizar a
Câmara de Vereadores. Nós não podemos diminuir o valor da Câmara de Vereadores,
sob pena de criarmos um problema sério para o processo global no que tange aos
diversos segmentos, uns dois ou três segmentos do Município.
O Sr. Leão de
Medeiros: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu pensei que os trinta e três
Vereadores que estivessem aqui o fizessem em seu nome, mas, infelizmente, pela
manifestação dos Vereadores José Valdir e Décio Schauren, a gente vê que os
dois Vereadores são representantes tão-somente de pequenos segmentos da Cidade.
É lamentável que venham, para justificar o Projeto, evitar que nomes de
cidadãos ilustres da Cidade sejam contemplados em todo Município de Porto
Alegre e não meramente em bairros. Outro detalhe: os moradores da Vila Santa
Rosa são moradores hoje lá, mas isto não implica dizer que o serão
permanentemente. O próprio Ver. José Valdir, que mora na Vila Nova Gleba,
depois do estímulo que recebeu do cronista social Gasparotto, possivelmente não
resida mais lá na Nova Gleba. E aí vai defender outros segmentos mais
importantes.
O Sr. Elói
Guimarães: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu não tive a oportunidade de
fazer o aparte ao Ver. Décio Schauren, porque eu pensava que estivesse junto ao
Processo o abaixo-assinado que está em minhas mãos aqui. Então, eu queria me
valer deste aparte para transcrever para os Anais que está aqui exatamente o
abaixo-assinado dos moradores da Rua K, da Vila Santa Rosa, à disposição dos
Srs. Vereadores, e vou acostar aos autos do nosso Projeto.
O SR. CYRO
MARTINI: Eu acho uma ótima iniciativa, porque
assim vem dirimir dúvidas a respeito da legitimidade da iniciativa. Mas a minha
posição a respeito da matéria é clara: não devemos retirar poder da Câmara, sob
pena criarmos condições secundárias para o trabalho da Câmara Municipal; ela
deve ficar com esse poder nas mãos para assim não sofrer diminuição. Quando
colocamos nomes nas ruas, seja na Lomba do Pinheiro, na Agronomia, Partenon, ou
mesmo em outra área, via de regra tomamos o cuidado de não irmos contrariamente
à posição daqueles que ali moram, principalmente quando há uma certa
consagração por parte daquele nome, pois pode ser Rua A, Rua B, mas sempre há
uma consagração. Então, há uma certa historicidade em torno daquele nome,
temos, evidentemente, que respeitar. Eu vejo por aí que temos que considerar o valor da Câmara quando a gente conversa, por
exemplo, com o Prefeito Olívio Dutra e mesmo nas manifestações por aí, em vilas
e outros pontos, há uma certa preocupação em valorizar o trabalho da
comunidade. Acho que realmente está certo, o trabalho, o entrosamento, a
valorização da liderança comunitária, mas a Câmara não pode ser diminuída, não
pode ser reduzida a plano secundário.
Não podemos, nós mesmos, tomar a iniciativa de reduzir o poder, a
faculdade de iniciativa do Vereador nesta matéria; se nós mesmos reduzirmos,
ficamos secundarizados, e este não é o propósito meu; pode ser de algum
Partido, querer reduzir a plano secundário, mas não é o meu propósito. O meu é
no sentido de valorizar o trabalho da Câmara, de modo que tenhamos, no
Município, dois Poderes: o Executivo e o Legislativo, e não o super Executivo e
um Legislativo em plano secundário. Muito obrigado
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: A
Mesa quer registrar a presença do nobre Vereador Ábio Hervê, que por muitos
anos abrilhantou esta Casa. Solicito ao Ver. Clóvis Brum que encaminhe o Ver.
Ábio Hervê até à Mesa Diretora dos trabalhos para que conosco participe.
O Ver. João Dib está com a palavra.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, antes de mais nada, minha saudação ao Ver. Ábio Hervê, que foi meu
líder várias vezes e prestou relevantes serviços a esta Cidade, tanto no
Legislativo como no Executivo Municipal.
Minha tristeza dirigida ao Ver. Elói Guimarães, que traz um
abaixo-assinado antes que eu dissesse que acreditava mais na palavra do Ver.
Elói Guimarães do que na assinatura de alguns Vereadores aqui presentes. Até
porque, num determinado momento, nesta tribuna, eu dizia, me referindo a Cervantes e ao “colóquio dos
cães”, que alguns Vereadores confundiam sua palavra com latido.
Agora, não vou aprender lição de ninguém, até porque sou o Vereador mais
antigo desta Casa. Se alguém sabe que tem 119 ruas com a letra “A”, mais não
sei quantas com a letra “B”, e se acha que a comunidade deve ser contatada, por
que não fez isso? Por que não nominou todas as ruas ao longo desses quatro
anos? E por que pensa que o Vereador não pergunta nas ruas? Claro, não é sempre
que isso acontece. Denominar uma rua é algo extremamente fácil e não leva tanto
tempo; num ano, um Vereador diligente faria a denominação de todas as ruas. O
Vereador tem liberdade para se dirigir à comunidade da rua e perguntar. Por que
não perguntar? Por que não perguntar, se ele é o representante do povo? Ele
deve ter sensibilidade e tem sensibilidade para tomar atitudes que desta
tribuna toma.
Portanto, também sou contrário àquele projeto quilométrico que repete o que existe já na legislação
atual apenas para dizer que é obrigatória a pesquisa do Vereador entre os
moradores para a denominação da rua. Ora, é parte basilar da democracia a
pesquisa para denominação rua. Por que não será democracia o Vereador, que aqui
representa o povo, fazer a escolha? É democrático também.
O Sr. Décio
Schauren: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Em primeiro lugar, meu projeto
não é quilométrico, pelo contrário, ele pega um monte de legislação e reduz a
uma lei só. Na verdade, reduz sem reduzir o conteúdo. Em segundo lugar, entendo
que se somos representantes da população, temos, sim, de ouvi-la. A população
não nos dá o direito de atropelar certas questões, como a do nome da rua do
cidadão onde ele mora. Temos de ouvir, sim. Quanto à questão dos cento e
cinqüenta nomes de Rua “A”, até pergunto: se V. Exª concorda com que os
moradores, de fato, devem fazer abaixo-assinado e escolher, por que não votou a
favor do Projeto? Por que fez um Substitutivo ao meu Projeto muito mais para escamoteá-lo?
O SR. JOÃO DIB: Vejam que eu havia dito que
dificilmente alguém vai me ensinar neste Plenário. Não há de ser o Ver. Décio
Schauren, que tudo que ele quis dizer foi que ele tentou consolidar a
legislação existente – e isso ele não sabe dizer – e, tentado consolidar, uma
manobra: impedir o Vereador de exercer, em sua plenitude, o seu mandato. No
Substitutivo, muito simples, porque o simples é a coisa mais perfeita - sendo
tão difícil construir o simples, ninguém mudou o “Parabéns a você” -, o Vereador
pode, se assim desejar, fazer a pesquisa na coletividade; é porque isso já está
sendo feito.
Já está tudo escrito nas nossas leis. Se há que se fazer consolidação, precisamos fazê-la de
todas as leis municipais. Fui Prefeito e fiz isso, pois implantei o sistema
CIREL para, no computador, possibilitar isto. Mas ninguém continuou fazendo e
não tenho culpa disso. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com
a palavra, o Ver. Clóvis Brum, para discutir.
O SR. CLÓVIS
BRUM: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, os
processos devem ser discutidos; seria muito ruim se não fossem discutidos.
Muito especialmente recebo, neste momento, um Projeto de autoria do Ver. Décio
Schauren para relatar. É
o Processo nº 0705, que denomina Rua Wilson Nogueira um logradouro irregular
situado na Lomba do Pinheiro. É uma rua pequena, pelo que eu posso observar,
não muito grande, não muito pequena, mas traz, é verdade, Ver. Elói Guimarães,
a anuência, sim, dos moradores. Cerca de vinte assinaturas...
O Sr. Elói
Guimarães: Só vinte assinaturas, Vereador?
O SR. CLÓVIS
BRUM: Acontece
que, talvez, por descuido, eu não sei o que aconteceu, Vereador, eu não achei
no seu Projeto, eu estou solicitando que V. Exª requeira à Mesa a inclusão nos
autos...
(Apartes anti-regimentais.)
A do Ver. Elói Guimarães tem o dobro de assinaturas. Segundo informação
do Ver. Elói Guimarães, a rua é menor, mas tem o dobro de assinaturas. Então, o
alegado pelo Ver. Décio Schauren procede. Se não está nos autos, não existe no mundo do
processo. Não está no Processo e deve ser colocado, mas eu tranqüilizo, e sem
qualquer procuração do Ver. Elói Guimarães, tanto o Ver. José Valdir com o Ver.
Décio Schauren, que há consentimento dos moradores da Rua K, na Vila Santa
Rosa. Não só o consentimento, mas pedem, é um abaixo-assinado pedindo para que
o Ver. Elói Guimarães apresentasse o Projeto.
O Sr. Décio
Schauren: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Em primeiro lugar eu até quero
dizer que foi importante, precisou toda esta discussão para que fosse anexado o
comprovante de que os moradores concordam. E se o Ver. Elói Guimarães tinha
esse comprovante, é exatamente importante anexá-lo, aí eu não vejo por que ser
contrário ao Projeto de Lei que apresentei. Em segundo lugar, dizer que a rua
que vai ser denominada Wilson Nogueira, que fica na Vila Esmeralda, na Tamanca,
é uma rua pequena, ela deve ter cento e poucos metros, e assinaram os moradores
todos.
O Sr. Elói
Guimarães: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu diria até, embora a rua por
nós denominada Heitor Souto seja menor do que a rua denominada pelo Ver. Décio
Schauren, mas as coisas desse aspecto se equivalem. Nós poderíamos partir para
uma segunda indagação ou pré-requisito: a legitimidade do pedido, quem solicita
para que se coloque o nome desse cidadão, que eu respeito, se ele vem por um
coletivo ou é apenas a indicação de um amigo. Quero dizer a V. Exª que o Heitor
Souto vem sendo pedido, a solicitação da rua, por uma coletividade de peões,
empregados e funcionários da CRT.
O SR. CLÓVIS
BRUM: Não
tenho mais dúvida, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, de que ambas as
proposições estão perfeitamente sintonizadas. Em primeiro lugar, pela
legitimidade de o Vereador propor o Projeto. Não precisava vir acompanhado de
abaixo-assinado. O Vereador tem essa legitimidade, e eu não abro mão dessa
legitimidade. Daí um pouquinho mais, nós ficamos transferindo
responsabilidades. E em segundo lugar, acho que a forma democrática que tanto o
Ver. Décio Schauren como o Ver. Elói Guimarães encaminham essas denominações de
logradouros merece aprovação da Casa, porque ambos têm o acompanhamento, a
assinatura e o aval da população de ambas as ruas.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Próximo
Vereador inscrito, Ver. Giovani Gregol.
O SR. GIOVANI
GREGOL: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, vou fazer uma saudação especial aqui à audiência,
que, na maior parte, aguarda pela enésima vez, esperamos que pela última, a
votação do Projeto do nobre Ver. Nereu D’Ávila, que regulamenta a ocupação e o
uso do chamado assim popularmente, queridamente, Brique da Redenção, a nossa
saudação.
Eu pretendo ser breve, Sr. Presidente, na minha manifestação. Apenas
aproveitar esta manhã nebulosa, esta manhã em que, numa das primeiras vezes do
ano, a neblina paira sobre a Cidade e, brincando mas falando sério, dizer que
este debate, também pela enésima vez, volta a esta Casa a respeito de a quem
cabe o direito ou quem deve ser consultado a respeito da denominação de um
logradouro público, seja rua ou seja praça. Enfim, me faz lembrar duas
histórias de uma das figuras políticas mais conhecidas e folclóricas, entre
aspas, e até saudosa do anedotário político brasileiro, que é Benedito
Valadares, que foi Governador, foi interventor do Estado de Minas Gerais,
conhecidíssimo na história brasileira, com aquela sua célebre mineirice, disse
tantas memoráveis frases, duas frases célebres, a primeira eu vou citar agora.
Dizia Benedito Valadares: “Quem atrapalha a democracia é o povo”. É, porque se não houvesse povo, a democracia
era bem mais fácil. Como no Brasil, como sempre as elites brasileiras fizeram,
fica no âmbito das elites e, como reza o mestre Raimundo Faoro, que é um
clássico da sociologia brasileira, principalmente nos donos do poder - e que
não é sociólogo marxista, não é nem de esquerda o Raimundo Faoro, é um
brilhante estudioso, teórico-brasileiro, e todas as semanas escreve na revista
IstoéSenhor, que eu assino e é a primeira coisa que leio -, Raimundo Faoro
também mostra isso, que o Brasil é o País dos donos do poder. E bom
representante é Benedito que diz que o povo é que atrapalha. Parece que alguns
aqui pensam assim: para que consultar o povo?
O Ver. Décio Schauren, faça-se justiça, meu companheiro de Bancada, ele
tem um projeto que apresentou nos primeiros meses da atual Legislatura, que
manda, que reza que não se pode dar nome de ruas sem que a população que mora
naquele lugar - às vezes, há gerações de famílias que moram ali -, seja ao
menos consultada. Só que o Projeto do Ver. Décio Schauren, todos os anos, ou é
derrotado, ou ele tem que adiar a votação do seu Projeto, porque a maioria dos
Vereadores desta Casa não se conformam com esta barbaridade. Imagina um cidadão
residente na Cidade não poder sequer ser consultado sobre o nome da rua em que
ele mora, em que às vezes seus pais, seus avós moraram, em que seus filhos vão
morar. É o povo que atrapalha a democracia, Benedito Valadares estava certo.
O Sr. Décio
Schauren: V.
Exª me permita um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Gregol, eu quero dizer
o seguinte: que muitos Vereadores são eleitos pelo povo e depois na verdade dão
as costas para o povo, ou dão um chute no traseiro do povo, desculpe a
expressão. Tanto que aqui nesta Casa existia o voto secreto e a Sessão Secreta.
Quer dizer, o povo quando vem aqui vê o que os seus representantes estão
votando aqui nessa Casa. Alguém dos Vereadores pedia votação secreta, e o povo
que nos elegeu não ficava sabendo o que nós estávamos votando. Então,
felizmente, desta vez uma proposição minha na Lei Orgânica foi aprovada, e nós
conseguimos extinguir o voto secreto e a Sessão Secreta.
O SR. GIOVANI
GREGOL: Mas eu
quero concluir nesses últimos segundos que me restam, uma segunda história que
eu prometi, do Benedito Valadares e como é que pensam alguns políticos nesse
País. Porto Alegre não é uma ilha, o Benedito Valadares, numa daquelas célebres
campanhas pelo interior de Minas, ao final do dia de um comício numa pequena
cidade interiorana, foi saudado por um repentista mineiro que dizia no final do
seu floreio: “e vão com a comitiva, o Benedito Valadares, o Governador, a sua
comitiva ilustre, vão com Deus”, dizia o homenageante da cidadezinha, “insígne
viajante”, e o Benedito Valadares como maior autoridade respondeu, porque ele
também era metido a poeta, repentista, respondeu, no final do seu canto: “e
fiquem nessa maravilhosa cidadezinha insignificante”.
Então, para muitos políticos brasileiros, o povo é isto, não passa de um
insignificante. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Leão de Medeiros): Com a palavra, o Ver. Luiz Machado, pela Bancada do PDT.
O SR. LUIZ
MACHADO: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, quero dizer, na discussão desse Projeto, que cada
Vereador tem a sua autonomia e a sua liberdade para legislar da maneira como
ele achar melhor, respeitando, é claro, as leis e, principalmente, o povo. Em
outros debates, eu já disse ao Ver. Décio Schauren que apresentei aqui na Casa
quatro Projetos sobre denominação de logradouros públicos e todos eles, Ver.
Décio, foram de pessoas que moraram no Bairro Restinga, lá trabalharam e
desempenharam as suas funções em várias áreas da comunidade, por isso lhes foi
prestada essa homenagem, dando o nome às ruas no próprio bairro em que eles
deram os seu esforço em vida. Por isso é que eu digo que não foi preciso
existir o seu Projeto para que o Ver. Luiz Machado tentasse legislar sob esse
ângulo. Eu procurei legislar olhando para a comunidade a qual represento.
Agora, faculta ao Vereador legislar de outra forma. Eu respeito o Ver. Elói, ele
tem um documento com assinaturas que comprova, até prova em contrário ele está
respaldado no seu Projeto, mas acho que não podemos atrelar a
segmentos em detrimento da Câmara. Isso deve ficar a critério dos Vereadores.
O Ver. Décio disse, em aparte, que muitas vezes o Vereador, que foi
escolhido pelo povo, esquece o povo. Na minha maneira de fazer comunidade, Ver.
Décio, acho que essa questão de que se tenha que consultar a comunidade, pois
só a comunidade poderá escolher nomes de ruas, não poderia ser trazida para
dentro do Plenário para ser transformada em lei. Deve ficar facultado ao
Vereador, na sua atribuição legal, se lhe convém trabalhar assim. Eu procuro
trabalhar com a comunidade; agora, respeito os Vereadores que trabalham na
amplitude de Porto Alegre, que trabalham em todo o Município de Porto Alegre.
Eu faço mais a Zona Sul. Respeito várias áreas que não posso atuar no Município
de Porto Alegre, em várias frentes. Então, pelo menos no lugar onde represento,
procuro caminhar junto com a comunidade.
O Sr. Elói
Guimarães: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Machado, eu estou
acompanhando o raciocínio de V. Exª, e veja V. Exª que nós Vereadores e de
resto quem é eleito pelo povo tem a unção popular. Pode até numa segunda
eleição não receber a unção popular, mas enquanto exerce a vereança ele tem a
unção popular. Seria uma incompetência inominada de qualquer Vereador colocar o
nome a uma rua de uma determinada pessoa sem consultar os moradores dessa rua.
Ora, os Vereadores que vêm para a Câmara Municipal de Vereadores, pelo menos
Vereadores da segunda Legislatura, porque na segunda Legislatura, Ver. Luiz
Machado, nada contra os Vereadores que se elegem que são da primeira
Legislatura, mas na segunda Legislatura há um cruzamento do Vereador com a
população, há uma espécie de legitimação, a partir da segunda Legislatura.
Então, o Vereador que vem para esta Casa a partir da segunda Legislatura jamais
cometeria a brutalidade de colocar um nome de rua sem consultar os moradores. Isso
é elementar, isso aqui nós não precisamos receber lição de como agir no fato
social.
O SR. LUIZ
MACHADO: Agradeço
seu aparte. E fico, mais uma vez, defendendo a tese, acho que deve facultar ao
Vereador legislar da maneira que ele, no seu ângulo de ação, ache que deve ser.
Eu procuro trabalhar assim e acho que assim eu tenho respaldo da comunidade que eu represento, pelo menos segmentos dessa comunidade.
O Sr. Giovani
Gregol: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu por minha parte também respeito
o seu ponto de vista, mas o que nós queremos, o que quer o Ver. Décio Schauren,
o que quer este Vereador e outros, não é que o Vereador desta comarca abra mão
desse direito. Nós queremos, pelo menos, que a população que mora ali seja
consultada. Porque, em muitas vezes, para não dizer na maioria das vezes, o
cidadão acorda, a sua rua mudou de nome e ele nem sequer sabe o nome da sua
antiga rua.
Eu me admiro de o Ver. Elói Guimarães, nosso brilhante jurisconsulto,
dizer um impropério, uma impropriedade jurídica. A vingar a tese deste
Vereador, existem Vereadores mais Vereadores, com mais direito que os outros
que estão numa segunda ou terceira Legislatura. Não. Os trinta e três
Vereadores estão todos, e assim reza
a lei, estão em pé de igualdade. Não
existe esta conversa de mais Vereador. O fato de alguém ser eleito Vereador não
lhe dá carta branca e não o isenta de erros no passado. Digo isto porque ontem
um Vereador disse que sua gestão em determinado departamento da Prefeitura
estava toda ela sacramentada e isenta de qualquer crítica, porque o povo lhe
havia elegido Vereador. Isto não é assim, porque o Delfim Netto já se elegeu
duas vezes Deputado Federal. E sabemos o que já fez neste País.
O SR. LUIZ
MACHADO: Concluo,
Sr. Presidente, dizendo que apoio o Projeto do Ver. Elói Guimarães. E fica
assim o meu pensamento colocado nesta Casa: cada Vereador vai legislar do seu
ângulo de ação, da maneira que acha melhor legislar e acho que é por aí.
Procuro legislar olhando a comunidade e respeitando os moradores, para que eles
possam dar propostas para nomes de ruas. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. LAURO
HAGEMANN: Quero
dar conhecimento à Casa do falecimento de um ex-integrante da Câmara, o Dr.
Marino dos Santos. O enterro será às 17h, no Cemitério São Miguel e Almas.
O SR.
PRESIDENTE: A
Mesa registra e se incorpora à homenagem de Vossa Excelência. Registra, em nome
de todos os Vereadores, o pesar pelo falecimento do Dr. Marino dos Santos,
indiscutivelmente uma figura que passou por esta Câmara Municipal e deixou a
sua marca.
Queremos registrar, também, antes de colocarmos em votação a matéria, que o Conselho Estadual dos Direitos da
Mulher está fazendo entrega às Lideranças da Casa de documento consubstanciando
a posição do Conselho com relação a assunto de interesse da mulher e seus
direitos. Gostaríamos ainda de registrar a presença entre nós, entre tantas
figuras ilustres, do historiador Leandro Telles, figura humana das mais
admiráveis da Cidade, cuja inteligência esteve sempre a serviço de Porto
Alegre.
Passamos agora para a votação do Projeto. Os Srs. Vereadores que aprovam
o PLL nº 033/92 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. Nereu D’Ávila, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLL nº 033/92,
considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A Mesa registra, além da presença já nominada da companheira Lícia Peres,
do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher, também a presença da Srª
Clênia Maranhão, da Federação das Mulheres Gaúchas, da Srª Fátima Paz, do
Pró-Mulher, da LBA, e da equipe de implantação do albergue da violência contra a mulher. Agradecemos a
presença nesta Casa.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 3117/91 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 067/91, que declara de utilidade pública a Associação Comunitária
Vila Nossa Senhora da Glória.
Pareceres:
-
da CJR. Relator,
Ver. Elói Guimarães: pela aprovação;
-
da CEC. Relator,
Ver. Décio Schauren: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que aprovam o PLE nº 067/91 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. João Motta, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLE nº 067/91,
considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 3247/91 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 072/91, que declara de utilidade pública o Clube de Mães Nossa Senhora das
Graças.
Pareceres:
-
da CJR. Relator, Ver. Elói Guimarães: pela aprovação;
-
da CEC. Relator,
Ver. João Dib: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que aprovam o PLE nº 072/91 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. João Motta, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLE nº 072/91,
considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 0177/92 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 002/92, que declara de utilidade pública o Instituto das Filhas de Maria
Imaculada.
Pareceres:
-
da CJR. Relator, Ver. Elói Guimarães: pela aprovação;
- da CEC. Relator, Ver. Décio Schauren: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que aprovam o PLE nº 002/92 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. João Motta, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLE nº 002/92, considerando-a aprovada nesta data. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
Sobre a mesa, o Requerimento do Ver. Cyro Martini, solicitando a retirada
da Ordem do Dia, nos termos do art. 81 da Lei Orgânica Municipal, do Projeto de
Lei do Legislativo nº 055/91. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Passa-se ao próximo Projeto.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 1594/91 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 126/91, de autoria do Ver. Nereu D’Ávila, que dispõe sobre a oficialização do
Brique da Redenção, Artenapraça e Feira do Artesanato no Município de Porto
Alegre e dá outras providências. Com
Substitutivo nº 01. Com Emendas nos 01 e 02 ao Substitutivo.
Parecer:
-
da CJR. Relator, Ver. João Motta: pela tramitação.
Observações:
- Incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.
- Adiada a discussão por cinco Sessões.
O SR. PRESIDENTE: Para encaminhar, Ver. Lauro
Hagemann, pelo PPS.
O SR. LAURO
HAGEMANN: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, não era minha intenção discutir este assunto e
muito menos encaminhá-lo, mas a Cidade está diante de um problema que parece
estar se encaminhando para uma solução. Mas eu receio que este processo
brevemente volte à discussão nessa Casa. Nós ainda estamos tateando em termos
de brique. Sabemos de outras cidades, pelo mundo afora, onde este tipo de
atividade é desenvolvido numa área bem mais ampla da cidade. E acho que Porto
Alegre brevemente terá que rediscutir o assunto. Por isso, eu quero dizer aos que
estão aqui, aos interessados, aos
moradores, aos expositores, que
isto é um processo e não vai se esgotar aqui. Por ventura, qualquer equívoco
que tenhamos cometido ou venhamos a cometer hoje nós teremos que reconsiderá-lo
e é possível que este espaço do Brique tenha de ser ampliado naquela zona da
Cidade, onde ele já se tornou tradicional, havendo a possibilidade, inclusive,
de se utilizar o canteiro central da Av. Santana, nas proximidades da Av. José
Bonifácio. Mas, isto é um processo que poderá, inclusive, ser ampliado por via
administrativa. E é por esta via que podemos transitar.
Quero dizer que nem todos os moradores da Rua José Bonifácio se insurgem
contra a presença do Brique. Seria uma precaução desmedida ou uma aleivosia aos
moradores da José Bonifácio se se tratasse de considerá-los todos contrários ao
Brique. Muitos moradores se conformam com a presença do Brique e a estimulam.
Por isto, temos que considerar a Cidade como um espaço de todos e administrar este espaço da melhor forma possível. Eu vou votar a favor deste Projeto com as
alterações que foram propostas, mas já quero dizer, por isto a minha presença
aqui, que nós deveremos até rediscuti-lo numa próxima oportunidade. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com
a palavra, o Ver. Edi Morelli, para encaminhamento.
O SR. EDI
MORELI: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, senhores e senhoras presentes, não vou ocupar os
cinco minutos. Apenas para dizer que discordo da colocação do Ver. Lauro
Hagemann, quando diz que há muito para discutir. Este Projeto vai fazer um ano
em junho que está rolando na Casa, tempo suficiente para ser estudado e
elaborado pelos Vereadores da Casa. Não resta dúvida de que o Substitutivo do
próprio Vereador autor do Projeto,Ver. Nereu D’Ávila, é melhor do que o Projeto
original, e com as duas Emendas, também de autoria do Ver. Nereu D’Ávila, ele
ficou melhor ainda. E não tenham dúvidas de que nós, da Bancada do PTB,
votaremos a favor do Projeto, mesmo porque há um artigo na Constituição Federal que diz: “todos temos o direito de ir e vir”.
Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com
a palavra, o Ver. Nereu D’Ávila.
O SR. NEREU
D’ÁVILA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, senhores assistentes, este Projeto foi
apresentado em junho de 1991, está quase há um ano e durante esse período
sofreu um processo de amadurecimento, de mudanças. Diria que ele, hoje, é um
programa mínimo que atende as partes envolvidas naquilo em que elas - partes -
cederam cada uma um pouquinho. Não é o ideal. Por exemplo: através de Emenda,
ampliou o horário - que gostaria que fosse das nove às quinze, e eles também -
para as quinze, flexibilizando no verão e no inverno mais ainda. Cedi, eu que
tinha a idéia de colocar aqueles que saem da frente das residências, no outro
lado da pista, em cima do Parque da Redenção, sim, para o fluxo ser do outro
lado da pista, como é para o Artenapraça e para o artesanato, mas eram os
argumentos do sol em relação às mercadorias, da invasão no parque, da invasão,
a tudo isso cedi, colocando, agora, os expositores que vão sair da frente das
residências no centro, junto aos outros, sem perdas para eles e para a
população, que também não vai passar pelo lado do sol, na parte João
Pessoa/Santana. A pista que os moradores gostariam que fosse liberada, todo o
lado de suas residências, será apenas em meia pista, cedendo meia pista
para os transeuntes.
Houve uma série de cedências. Reunimo-nos diversas vezes com os moradores
e eles gostariam que a SMT fizesse ali um livre acesso, vindo da João Pessoa,
sem o fechamento da João Pessoa/Santana. Nós chegamos a um consenso que isso ainda não era possível, pois aí,
sim, o trânsito desbragado, o trânsito absoluto dos veículos iria impedir o conforto da população que, no meu entendimento,
deve ser mais considerada, o conforto dos expositores, que também tem direito,
pois já estão há quase quatorze anos lá e também têm direito os moradores de se
locomover.
De modo que eu diria, Ver. Lauro Hagemann, é claro que é um primeiro
passo, mas dentro de quase um ano foi sucessivamente adiado por três, quatro
vezes, apresentando Substitutivo, e agora, em cima do Substitutivo, duas
Emendas para inclusive um acordo com aquela parte do Executivo que é a SMIC,
inclusive através da nossa querida Márcia, que é uma unanimidade geral em todas
as administrações, dos expositores, dos moradores, através da Márcia e dos
eventuais detentores do poder na SMIC, que eu já fui e outros Vereadores já
foram também, mas nós passamos e os moradores ficam e o Brique também fica,
porque é uma conquista da Cidade e um orgulho da Cidade, inclusive em termos
turísticos. Disso ninguém tem a menor dúvida.
É possível, Ver. Lauro Hagemann, que ainda tenhamos que adaptar e essa é
a nossa função, mas, evidentemente, eu tive o máximo cuidado, em cima de ouvir
todas as partes, em prejudicar o menos possível as partes envolvidas, inclusive
a parte da metragem, eu, até agora retiro, a pedido da SMIC, para que também
ela, através de seus técnicos, engenheiros e dos próprios expositores chegue a
um acordo e que eu não faça aqui ex
abrupto na lei, metragem ortodoxa. Por isso eu concordo com o Ver. Lauro
Hagemann, é possível ainda que durante algum tempo, durante o porvir, tenhamos
que fazer alterações, mas, sem dúvida alguma, estamos obtendo uma grande vitória,
porque conseguimos, pelo menos, aquilo que eu não consegui na SMIC e que hoje o
Secretário ainda não conseguiu, ou seja, um acordo que satisfizesse as partes e
nós, através do Projeto, nós conseguimos este acordo e eu diria: o principal
está alcançado, os acessórios nós, se Deus quiser, conseguiremos ao longo do
tempo, porque, como diziam os romanos acessorium
sequitur principale. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Inscreve-se
para encaminhar, o nobre Vereador Gert Schinke.
O SR. GERT
SCHINKE: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, eu tenho pautado aqui a minha conduta em função
dos projetos de lei no sentido do melhorá-los. Assim tem sido o meu
comportamento em relação a uma série de projetos de lei de outros Vereadores e
não balizo o meu voto em função de pequenas firulas, de pequenos detalhes,
sejam eles equívocos, sejam pequenos detalhes que em função disso venham a
comprometer o principal. Sempre tenho votado a favor dos projetos sempre que há
uma flexibilidade para que a gente chegue a um acordo no sentido de resguardar
o principal do Projeto. Eu acho que, em linhas gerais, da maneira como está
colocado agora o Projeto, ele vai ter que necessariamente contar com o nosso
voto. Antes, era muito complicado, na medida em que havia uma posição na
redação original de ocupação em cima do Parque da Redenção de desfiguração
da maneira como está arranjado o Brique, no seu conjunto, como ele existe hoje
em dia. Isso na medida em que negociações foram feitas com as partes envolvendo
o autor do Projeto, a SMIC e, principalmente, os setores expositores e também
aqueles moradores das imediações que levantavam objeções à maneira como estava
ali organizado o Brique. Agora, eu acho que estamos chegando a um denominador
comum onde é possível, sim, aprovar o Substitutivo do Ver. Nereu D’Ávila com as
duas Emendas, que são essenciais para que se resguarde todos os
interesses em jogo.
Eu queria comentar rapidamente o art. 3º, que diz, no Substitutivo ora em
apreciação, “deverão utilizar exclusivamente o canteiro central da Av. José
Bonifácio”. Este caput já mereceu um
reparo do Ver. Lauro Hagemann, que indica eventualmente a necessidade de
ocupação do canteiro central daquela primeira quadra da Santana por aqueles
expositores que virão a ser remanejados. Aliás, acho que foi uma feliz idéia,
porque aquele canteiro central da Santana só está servindo para estacionamento
de automóveis. Ali se institucionalizou o estacionamento de veículos. Acho que
isso poderia melhorar até o visual e poderia dinamizar – a experiência é que
vai mostrar isso – as vendas daqueles expositores que irão instalar-se ali. E
por que, também, mais adiante, não fechar o trânsito naquela quadra da Santana
e já fazer ali o Brique? Por que não? Esse talvez fosse o caminho para o Brique
da Redenção.
Por outro lado, a Emenda nº 02, do Ver. Nereu D’Ávila, altera o art. 3º,
retirando a metragem que gerou o conflito e que acho deve ser resolvido com os
expositores, com a associação deles e com a SMIC. Aí chegaremos a um resultado
positivo.
A Emenda nº 01, também do Ver. Nereu D’Ávila, é importante porque estende
o horário de funcionamento do Brique, que é uma reivindicação antiga dos
expositores.
Acho que, para preservar todas as negociações e todos os interesses em
jogo - ainda temendo um possível conflito que possa acontecer com aquela
parcial divisão da Av. José Bonifácio, não sei como é que a experiência vai
mostrar o funcionamento daquilo ali, mas vamos dar um crédito de confiança no
sentido de que possa ser resolvido -, mas para preservar todos esses
interesses, vamos votar a favor do Projeto e também vamos votar a favor dessas
duas Emendas, para garantir o espírito da negociação que foi feita. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com
a palavra, o Ver. Clóvis Brum, para encaminhar.
O SR. CLÓVIS
BRUM: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, o nosso encaminhamento é mais um registro, eis que
este assunto há muito tempo vem a esta Casa não em forma de Projeto, mas em
forma de angústia, ora demonstrada pelos expositores, ora demonstrada pelos
moradores. E em oportunidades em que quando o Salão da Presidência ainda era
aqui, tínhamos problemas seriíssimos de relacionamento entre os moradores e
expositores. Uma coisa é certa, eu nunca deixei de tirar a razão dos moradores, porque passavam, nesta Casa, constantemente, enormes
volumes de incentivos ao Porto Seco, que objetivava o quê? A retirada de uma
frota de quase mil caminhões, ao longo do 4º Distrito, destruindo a rede da
água, esgoto, tudo. Nunca fui contra os expositores, porque é uma maneira de
sobreviver. É uma maneira de sobreviverem, eles têm nessa atividade, grande
parte, a única fonte de receita.
Acho que o Ver. Nereu D’Ávila, ex-secretário da SMIC, que teve mais
convivência, convivência mais íntima com o assunto, me parece que teve a
coragem de apresentar o Projeto. Eu não estou tão preocupado com as pessoas que
vão ao Brique, estou mais preocupado com as pessoas que trabalham no Brique,
que necessitam de trabalhar ali, e as pessoas que ali residem. Me parece que para
um início de entendimento a proposta, o Substitutivo e as Emendas restabelecem
em parte o status
quo daquela região, daquela situação. Nós vamos votar pelo entendimento, e
uma coisa que sempre pautou a nossa posição aqui na Casa, é que nós só
votaríamos matéria onde houvesse acordo entre as partes. E lembro de uma
discussão, há muitos anos, em que esse corredor se tornou até perigoso pelo
estado de espírito das partes envolvidas. Hoje, com essa proposta do Ver. Nereu
D’Ávila, com as Emendas, eu já consultei os expositores, consultei rapidamente
os proprietários, consultei os moradores, e todos acham que é um início de
entendimento e de convivência fraterna. Isso é muito bom.
Com relação ao uso, Ver. Gert Schinke, daquele canteiro central, da
primeira quadra da Rua Santana, que só tem moradores na parte direita de quem
vai para a Venâncio Aires, quase no final da quadra, é um assunto
administrativo que, tenho certeza, os expositores conquistarão junto à
Secretaria Municipal de Indústria e Comércio. De resto, é só dar o meu aplauso
ao Ver. Nereu D’Ávila, que em boa hora trouxe esse assunto, é cumprimentar os
proprietários, os moradores e os expositores e dizer que se chega, se não a um
final feliz, pelo menos a um início de entendimento mais fraterno, que é indispensável para o nosso
dia-a-dia. Nós votamos com o Substitutivo e com as Emendas. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Para
encaminhar, pelo PT, o Ver. João Motta.
O SR. JOÃO
MOTTA: Em
homenagem a todos os presentes, aos Vereadores e ao Presidente da Câmara, peço
que seja marcado no relógio apenas dois minutos, a pedido do Ver. Edi Morelli.
Faço este encaminhamento registrando, em primeiro lugar, o acompanhamento
especial de dois Vereadores da nossa Bancada durante todo esse Processo,
inclusive por delegação da própria Bancada. Aliás, não é de agora que os
Vereadores Antonio Hohlfeldt e Clovis Ilgenfritz têm uma identidade e uma
preocupação especial com esse tema. Eles contribuíram e souberam representar,
de uma forma qualificada, a nossa Bancada nesse Processo. Em segundo lugar,
gostaria de registrar o grande mérito desse Projeto: a consolidação de um
espaço que não só é expressão da vida e da existência dos moradores, nem
tampouco apenas dos expositores, mas também de milhares de pessoas que circulam
naquele local. Então, é o grande mérito deste Projeto e que tenho certeza
merecerá a aprovação por unanimidade e a consolidação de um espaço da cidadania
de Porto Alegre. Acho que a Administração Popular, neste período, também soube
trabalhar e estabelecer esta relação de forma aberta e acessível com todos.
Hoje, nós temos, por exemplo, no Município de Porto Alegre, os Conselhos, que
viabilizam exatamente a participação mais organizada dos vários setores que têm
opinião a dar sobre a sua forma de exercer, no caso, a atividade, as exposições
e a venda de produtos.
Portanto, fica aqui o registro da Bancada do PT, especialmente
representada pelos Vereadores Clovis Ilgenfritz e Antonio Hohlfeldt e que
também registra a flexibilidade da SMIC, que soube ser sensível e apostar. Na
verdade, nós estamos, ao contrário, diferentemente do Ver. Lauro Hagemann,
estamos convencidos de que este Projeto vai estabelecer um novo patamar e uma
nova referência de relação entre os vários interessados com a Cidade. Acho que
este é o resgate fundamental que deve ser feito neste momento. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Não há
mais quem queira encaminhar. Passa-se para
a votação do Substitutivo e depois as Emendas.
Em votação o Substitutivo nº 01 aposto ao PLL nº 126/91. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO. Com ressalva das Emendas e ficando o
Projeto original prejudicado.
Em votação as Emendas nºs 01 e 02 apostas ao Substitutivo nº
01 aposto ao PLL nº 126/91. Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.)
APROVADAS.
Requerimento de autoria do Ver. Nereu D’Ávila, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLL nº 126/91,
considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 3087/91 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 267/91, de autoria do Ver. Vicente Dutra, que concede o título honorífico de
Cidadão de Porto Alegre ao Maestro Tercílio Poffo.
Pareceres:
- da CJR. Relator, Ver. Elói Guimarães:
pela aprovação;
-
da CEC. Relator, Ver. Vieira da Cunha: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 267/91 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. João Dib, solicitando dispensa de
distribuição em avulsos e interstício para a Redação Final do PLL nº 267/91,
considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A Mesa quer renovar a comunicação já feita pelo Ver. Lauro Hagemann, em
Plenário, do falecimento ocorrido nesta data do ex-Vereador desta Casa, o
médico Marino Rodrigues dos Santos, que está sendo velado na Capela B da
Irmandade São Miguel e Almas. O sepultamento está previsto para as 17h de hoje.
Trata-se de um ex-Vereador desta Câmara e de um homem que deixou um grande
trabalho social e político na história de Porto Alegre.
VOTAÇÃO
PARECER da COMISSÃO DE JUSTIÇA E REDAÇÃO. Relator, Ver. Vicente Dutra, propondo, ouvido o douto Plenário, decida
este Legislativo determinar ao Senhor Prefeito Municipal a revogação do Decreto
nº 10.171, de 27 de dezembro de 1991. (Processo nº 561/92, de autoria de Ver.
Leão de Medeiros.)
O SR. PRESIDENTE: Encaminha pelo PDS o Ver. Vicente Dutra, por
cinco minutos.
O SR. VICENTE
DUTRA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, retorna ao Plenário o Requerimento do Ver. Leão
de Medeiros que pede a manifestação da Comissão de Justiça e Redação sobre a
legalidade do Decreto 10.171, de 27.12.1991. Este Decreto, como é do
conhecimento dos senhores e da Cidade, é o ato do Sr. Prefeito Municipal que
concede desconto aos grandes proprietários de terras em Porto Alegre. Este ato
foi assinado no dia 27 de dezembro, exatamente na data em que aqui neste
Plenário se tratava uma grande discussão em torno ao assunto IPTU. É sempre
oportuno lembrar...
O SR.
PRESIDENTE (Wilson Santos): Ver. Vicente Dutra, interrompo seu tempo e solicito mais silêncio no
Plenário, porque os trabalhos estão sendo prejudicados pelo excessivo barulho.
Obrigado.
O SR. VICENTE
DUTRA: Como
dizia, Sr. Presidente, enquanto neste Plenário um grupo de Vereadores, não mais
do que seis, travavam uma batalha renhida para o convencimento dos demais,
especialmente da Bancada do PDT, de que aquela proposta de convalidação da
Planta de Valores era tremendamente prejudicial à classe média, ou seja,
atingia cento e setenta mil famílias de Porto Alegre, de que era uma manobra em
troca de alguns cargos, e que, lamentavelmente, no fragor daquela disputa toda,
nós não tivemos a compreensão naquele momento da Bancada do PDT. A bem da
verdade, logo após a outra semana, por injunções políticas-partidárias do PDT,
a Bancada deste Partido se redimiu, voltando atrás e denunciando aquele acordo
espúrio que tinha sido estabelecido, mas que deu vez à votação daquele Projeto
que convalidou a Planta de Valores. Pois, foi exatamente naquela tarde em que
aqui discutíamos, entramos madrugada adentro no sábado, lá, o Sr. Prefeito
Municipal confraternizava com os poderosos e assinava o Decreto 2.171,
concedendo descontos que vão de 18% a 63% para os grandes proprietários de
terra de Porto Alegre.
É uma dicotomia, é um ato insano, porque contraria todo o bom senso. Tudo
o que eu consegui entender até hoje em matéria de tributo está sendo
contrariado nesse ato do Sr. Prefeito, porque aqui na Casa calcava sobre a
classe média, mas lá no Paço Municipal assinava um Decreto dando proteção a
quem? Aos grandes, aos poderosos, àqueles que têm terras e que tem que pagar o
imposto muito acima, porque um dos princípios elementares do Direito Tributário
é exatamente esse: de que aquele que tem mais pague mais. E o contrário também
é verdadeiro, aquele que tem menos pague menos. Mas o Prefeito inverteu esse
princípio orientador das decisões que devem orientar a tributação dentro do
Município. Inverteu esse princípio, fazendo com que, aqui, a classe média
pagasse mais, não concedendo um aumento, depois discutido em Plenário também,
de apenas 16%. Vetou, porque 20 + 20 = 16, dava 16, Ver. Mano José.
Lá, naquele momento, havia essa festa com os poderosos, dando aumento de
até 63% e até mais se o terreno estiver encravado, dando descontos,
contrariando expressamente a Lei Orgânica votada nessa Casa. E nesse
dispositivo inserido na Lei Orgânica, que é o artigo 113, inserido na Lei
Orgânica, na nossa Carta Maior do Município de Porto, por iniciativa do próprio
PT. Foi um projeto de proposição do Ver. Adroaldo Corrêa, se não me falha a
memória, e que teve o apoio entusiástico de toda Casa, porque é uma medida
moralizadora. Só se concederá anistia, só se concederá desconto, qualquer tipo
de incentivo fiscal, a quem quer que seja, mesmo aos poderosos, desde que passe
pelo crivo desta Casa, porque esta Casa é que tem que falar se pode ou não
conceder esses benefícios. Pois a Bancada do PT, passando por cima da Lei
Orgânica, faz ouvidos de mercador, olhos cegos e permite que o Executivo dê essas
anistia. Vejo, Sr. Presidente, que nós não temos “quorum”, que a matéria deverá
ser transferida para outra oportunidade. Eu lamento que não mereça de parte da
maioria das Bancadas a atenção aquilo que estamos propondo, que é usar pela
primeira vez o inciso IV do art. 157 da Lei Orgânica, que permite a esta Casa
cassar atos do Executivo que exorbitem a sua competência. Este é um caso
primeiro e estamos pedindo isto em nosso Parecer: que a Casa revogue pela
cassação, este ato que foi exorbitante do Sr. Prefeito, concedendo esta anistia
indevida. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Visualmente
constato que não há “quorum” para continuar Sessão.
(Levanta-se a Sessão às 11h51min.)
* * * * *